Laurent levantou-se e caminhou até a vitrine onde repousava o cocar. As penas azuis pareciam ter perdido parte de seu brilho sob a luz artificial, como se a própria alma do objeto estivesse se dissipando lentamente. Tocou o vidro com a ponta dos dedos, sentindo sua frieza. Entre ele e o cocar havia mais que vidro – havia séculos de incompreensão, oceanos de diferença cultural, abismos de tempo que nenhuma ciência poderia transpor verdadeiramente.