Este ensaio propõe uma leitura tensional da justiça aristotélica, destacando não só seus méritos teóricos, mas contradições internas que surgem ao confrontar princípios com aplicações. Argumenta-se que tais contradições, longe de invalidá-la, formam um laboratório conceitual. Ele ilumina questões perenes: a natureza relacional da justiça, os limites da racionalidade prática e os perigos da naturalização de hierarquias.