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Ficção; Literatura Contemporânea


O Restaurador de Ecos
Elian tentou se lembrar de algo verdadeiro. Qualquer coisa. Uma sensação que fosse indiscutivelmente sua. Mas não havia nada. Cada memória era fabricada, cada emoção, programada. Até seu desespero presente era parte do script.
30 de nov.15 min de leitura


A Cura pelo Ouvido: Beethoven desafiando a ciência
Beethoven, em toda sua glória, seguiria tocando. Mas agora, acompanhado da severa, porém libertadora, evidência científica. A arte e a ciência, finalmente, encontrando um ponto de convergência na complexa jornada da existência humana, onde a melodia da vida se entrelaçava com o rigor da verdade.
18 de out.9 min de leitura


O Último Traço: O Peso da Escrita
Laurent levantou-se e caminhou até a vitrine onde repousava o cocar. As penas azuis pareciam ter perdido parte de seu brilho sob a luz artificial, como se a própria alma do objeto estivesse se dissipando lentamente. Tocou o vidro com a ponta dos dedos, sentindo sua frieza. Entre ele e o cocar havia mais que vidro – havia séculos de incompreensão, oceanos de diferença cultural, abismos de tempo que nenhuma ciência poderia transpor verdadeiramente.
4 de out.18 min de leitura


O Palácio de Espelhos Quebrados: Sergei Sob Quatro Olhares e Dois Platôs
Em 1926, a neve cinzenta de Viena se grudava às botas de Sergei Pankejeff, agora um homem de meia-idade, marcado pela melancolia. Já não era mais o jovem aristocrata russo que chegara à Berggasse 19, consumido por fobias e o espectro dos lobos brancos. Agora, ele carregava o fardo de ser o Homem dos Lobos, um enigma da psicanálise, cuja jornada analítica o levaria a um labirinto de interpretações feitas por mentes brilhantes e distintas.
6 de set.12 min de leitura


A Encadernadora de Silêncios
Na baía onde o tempo se dissolvia em salitre e melancolia, Isadora habitava uma casa que desafiava as leis da física e da razão. Construída sobre destroços de embarcações naufragadas e ancorada por correntes de ferro negro, a estrutura flutuante ondulava conforme as marés da memória. Suas paredes eram uma biblioteca viva: páginas de dicionários Webster de 1847, Larousse definhados pela umidade, Aurélio com definições que mudavam conforme o humor do vento...
22 de ago.15 min de leitura


SK 1
O apartamento do Leo cheirava a ressaca antecipada: álcool derramado, suor de ansiedade disfarçada de diversão, e o vapor adocicado de Juuls moribundos. Era o cheiro do fim — de uma noite, de um amor, de uma ilusão que teimava em não morrer. Ele encostou na moldura da porta da cozinha, o Juul descarregado pesando no bolso como um revólver sem balas. Precisava ir. A festa era um cadáver que ainda se contorcia ao som de uma playlist aleatória.
8 de ago.9 min de leitura
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