O apartamento do Leo cheirava a ressaca antecipada: álcool derramado, suor de ansiedade disfarçada de diversão, e o vapor adocicado de Juuls moribundos. Era o cheiro do fim — de uma noite, de um amor, de uma ilusão que teimava em não morrer. Ele encostou na moldura da porta da cozinha, o Juul descarregado pesando no bolso como um revólver sem balas. Precisava ir. A festa era um cadáver que ainda se contorcia ao som de uma playlist aleatória.