Ensaio - A Preferência pela Persona: Por que Admiramos mais os Artistas que suas Obras?
- Sérgio Luiz de Matteo
- 18 de jul.
- 11 min de leitura
Atualizado: 24 de jul.

Introdução: A Ascensão do Culto ao Artista
A cultura contemporânea transformou artistas em ícones cuja biografia e personalidade frequentemente eclipsam suas criações. Beyoncé, por exemplo, é celebrada não apenas por sua música, mas por sua narrativa de empoderamento feminino [1, 2, 3, 4], enquanto BTS transcende a K-pop ao se tornar símbolo de resistência cultural coreana [5 e 6].
Esse fenômeno reflete uma mudança de paradigma: o público não consome apenas arte, mas projeta nos artistas valores, aspirações e identidades. Pesquisas indicam que uma parte significativa dos fãs, > 53%, valoriza a conexão pessoal com artistas via redes sociais, não apenas seu trabalho musical [7].
Este ensaio explora sucintamente as bases teóricas dessa dinâmica, correlacionando conceitos psicológicos, sociológicos e mercadológicos com dados empíricos para entender como a persona do artista se torna um objeto de admiração mais relevante que suas obras.
Fundamentos Teóricos: Psicologia, Sociologia e a Construção da Adoração
Interação Parassocial: A Ilusão da Proximidade
A teoria da interação parassocial, proposta por Horton e Wohl (1956) [8], descreve relações unilaterais nas quais o público desenvolve um senso de intimidade com figuras midiáticas sem reciprocidade. No contexto digital, as redes sociais intensificam essa dinâmica, permitindo que os fãs sintam proximidade com celebridades por meio de conteúdos personalizados. Estudos sugerem que uma parte significativa dos usuários de plataformas como o Instagram desenvolve conexões emocionais com influenciadores [7]. Por exemplo, Taylor Swift utiliza plataformas como TikTok para compartilhar conteúdos que reforçam a ilusão de proximidade, como mensagens diretas aos fãs, o que fortalece laços parassociais [9].
Culto à Personalidade e Carisma Weberiano
Max Weber (1922) [10] definiu o carisma como uma qualidade extraordinária que legitima a autoridade de um líder, conceito aplicável a artistas cuja persona influencia a recepção de suas obras. Frida Kahlo exemplifica isso: sua biografia, marcada por dor física, ativismo político e uma identidade cultural vibrante, é tão valorizada quanto suas pinturas. Relatos de exposições, como as do Brooklyn Museum, indicam que muitos visitantes são atraídos por sua história de vida [11,12]. A narrativa pessoal de Kahlo, incluindo sua luta contra a pólio e um acidente de ônibus, amplifica seu impacto cultural [13].
Efeito Halo e a Commoditização da Imagem
O efeito halo, um conceito da psicologia social, explica como características positivas de um indivíduo, como carisma ou visibilidade midiática, influenciam a percepção de suas obras. Virgil Abloh, conhecido por seu trabalho na Louis Vuitton e Off-White, teve suas coleções aclamadas, em parte, devido ao seu status de "visionário" cultural. Estudos sobre o mercado de arte sugerem que a presença midiática de um artista pode aumentar o valor percebido de suas obras [14,15]. Após a morte de Abloh, suas obras alcançaram preços elevados em leilões, refletindo o impacto de sua reputação [16].
A Persona vs. A Obra: O Divórcio entre Criador e Criação
A Marca-Artista no Capitalismo Cultural
Pierre Bourdieu (1993) [17] argumenta que, no capitalismo cultural, artistas são frequentemente reduzidos a marcas, onde sua imagem pública e narrativa pessoal superam o valor intrínseco de suas obras. Um exemplo paradigmático é Banksy, cuja identidade anônima e persona de "rebelde enigmático" amplificam o impacto de sua arte. Em 2018, durante um leilão na Sotheby's, sua obra "Girl with Balloon" foi parcialmente destruída por um mecanismo escondido no quadro, transformando-se em "Love is in the Bin". Esse ato, interpretado como uma crítica à mercantilização da arte, elevou o valor da obra, que foi leiloada novamente em 2021 por US$ 25,4 milhões, um recorde para o artista. Esse evento ilustra como a narrativa de Banksy, mais do que a estética da obra, impulsionou seu valor de mercado [18, 19, 20].
Arte como Extensão Biográfica
Artistas como Andy Warhol e Yayoi Kusama construíram carreiras nas quais suas biografias estilizadas são centrais para a recepção de suas obras. Warhol, conhecido por sua frase "15 minutos de fama", transformou sua própria imagem em uma marca, vendendo não apenas quadros, mas uma filosofia de vida que celebrava a cultura pop e a efemeridade da fama. Suas obras, como "Campbell’s Soup Cans" (1962), refletem essa visão, misturando arte e consumo.
Da mesma forma, Yayoi Kusama integrou suas alucinações e lutas com a saúde mental em sua arte, especialmente em suas Infinity Nets e Infinity Mirror Rooms. Sua história pessoal, incluindo sua internação voluntária em um hospital psiquiátrico desde 1977, é frequentemente destacada em exposições e contribui para a fascinação do público [21].
Um estudo do MoMA supostamente indica que a maioria dos visitantes de suas exposições associam suas obras à sua história pessoal antes de analisar técnicas, mas essa estatística não foi confirmada por fontes públicas disponíveis. Por sua vez, a popularidade de Kusama, com exposições como "Infinity Mirrors" atraindo 570.537 visitantes na National Gallery of Victoria em 2024-2025, sugere que sua narrativa pessoal é um fator significativo [22, 23].
Democratização vs. Elitismo
A distinção tradicional entre arte "alta" (erudita) e "baixa" (popular) perde relevância quando a persona do artista se torna o foco principal do consumo cultural.
Artistas como MC Carol, uma figura proeminente do funk carioca, são admirados por suas trajetórias de superação, incluindo sua ascensão como uma das primeiras artistas transgênero no "mainstream" brasileiro, enfrentando racismo e discriminação. Sua música, frequentemente associada à cultura das favelas, ressoa com o público por sua autenticidade e narrativa pessoal, independentemente de ser considerada "erudita" [24, 25].
A popularidade de artistas como MC Carol reforça a ideia de que a narrativa pessoal pode transcender barreiras culturais e estéticas.
A Audiência e a Busca por Autenticidade: Conexões Psicológicas e Culturais
Música como Espelho Identitário: Neurociência e Comportamento
Schwartz e Fouts (2003) [26], em sua análise sobre as preferências musicais dos adolescentes, argumentam que a escolha de determinados gêneros ou artistas pode revelar muito mais do que simples gostos estéticos. Eles propõem que a música atua como um espelho da realidade interna dos jovens, refletindo traços de personalidade, como introversão ou extroversão, bem como valores pessoais e conflitos emocionais, como rebeldia ou busca por pertencimento. Essa perspectiva sugere que a música transcende o entretenimento, tornando-se um canal de autoexpressão e uma ponte para a construção identitária.
Billie Eilish exemplifica essa dinâmica ao vocalizar angústias da Geração Z – como ansiedade climática ("All the Good Girls Go to Hell") e isolamento social ("Bury a Friend") – com letras que funcionam como diários sonoros coletivos. A conexão entre os fãs e Eilish não se limita à melodia, mas se aprofunda nas narrativas que validam as lutas emocionais e existenciais dessa geração, reforçando a ideia de que a música pode ser um meio poderoso de identificação e validação.
Neurocientificamente, essa conexão é mediada pela ativação do córtex pré-frontal medial, região cerebral associada à empatia, mais estimulada quando há percepção de intencionalidade humana na criação artística [27].
Autenticidade na Pós-Modernidade: Vulnerabilidade como Capital Simbólico
Por outro lado, Reckwitz, em "The Society of Singularities" (2020) [28], oferece uma leitura complementar ao explorar como a pós-modernidade elevou a autenticidade a um ideal cultural dominante. Ele descreve uma sociedade onde a singularidade e a originalidade são celebradas, e a autenticidade se torna um critério essencial para a apreciação de indivíduos e suas produções culturais.
Nesse cenário, artistas que expõem suas vulnerabilidades e experiências pessoais — como Selena Gomez, que aborda abertamente sua batalha contra o lúpus e questões de saúde mental [29, 30] — ganham uma aura de legitimidade que os diferencia em um mercado saturado.
Para Reckwitz (2020) [28], essa valorização da autenticidade reflete uma mudança nas expectativas do público, que passa a buscar não apenas talento artístico, mas também uma conexão emocional genuína.
Contrapontos: Quando a Obra Supera o Artista
A Morte do Autor (Barthes) e a Autonomia da Obra
Roland Barthes, em seu ensaio seminal "A Morte do Autor" (1967) [31], argumenta que a interpretação de uma obra literária deve ser desvinculada da biografia do autor, pois o significado é construído pelo leitor através de sua interação com o texto. Essa perspectiva é particularmente relevante para William Shakespeare, cujas peças, como Hamlet, são celebradas por sua universalidade e profundidade temática, frequentemente apreciadas sem referência à sua vida pessoal, da qual pouco se sabe com certeza.
A teoria da resposta do leitor, desenvolvida por Wolfgang Iser (1976) [32], reforça essa ideia, sugerindo que os leitores moldam o significado ao preencher "lacunas" ("Leerstellen") no texto com suas próprias experiências e expectativas. Por exemplo, em sua análise de Richard II, Iser interpreta as mudanças na política legal de Ricardo como uma expressão de autoafirmação, aplicando a teoria da modernidade de Hans Blumenberg, sem depender da biografia de Shakespeare [32].
Embora não haja dados específicos confirmando que a maioria dos leitores de Hamlet desconhece a vida de Shakespeare, a universalidade de suas obras sugere que o texto em si é o foco principal da apreciação.
Arte sem Rosto: O Caso Jackson Pollock
O mercado de arte reforça essa dualidade. O relatório "The Art Basel and UBS Survey of Global Collecting 2024" [33] revela que 88% dos colecionadores de alto poder aquisitivo compraram obras de novos artistas ou galerias nos últimos anos, indicando que, embora a reputação do artista seja relevante, a qualidade estética e o impacto emocional da obra são fatores decisivos.
Um relatório da Artsy (2023) [34] indica que 50% dos colecionadores consideram a arte abstrata o gênero mais importante em suas coleções, destacando sua capacidade de conectar emocionalmente com o público.
Na arte abstrata, como as icônicas pinturas de "drip" de Jackson Pollock, a obra frequentemente assume precedência sobre o artista, com colecionadores atraídos pelo impacto visual e emocional de suas criações. Seus quadros, como "No. 5" (1948) e "One: Number 31" (1950), são celebrados por sua inovação técnica e influência no expressionismo abstrato, frequentemente valorizadas por sua capacidade de evocar emoções intensas e transmitir significados pessoais.
Em 22 de maio de 2006, a pintura "No. 5", criada em 1948, uma das obras mais icônicas de Pollock, caracterizada por sua técnica de "dripping" em uma placa de fibra de 8' x 4', foi vendida em uma transação privada por US$140 milhões, um recorde na época para o preço mais alto pago por uma pintura [35].
Já a "Number 17A", outra pintura de 1948, que exemplifica a técnica de "dripping" de Pollock, com camadas complexas de tinta que criam um "vórtice de cores", foi vendida, em setembro de 2015, pela David Geffen Foundation para Kenneth C. Griffin, um gestor de fundos de hedge, por US$200 milhões. Essa venda estabeleceu um novo recorde para a pintura mais cara na época, superando "Water Serpents II" de Gustav Klimt (US$183,8 milhões em 2013) [36].
Assim, embora a biografia de Pollock enriqueça sua lenda, é a força intrínseca de suas obras — sua inovação técnica e capacidade de emocionar — que as torna atemporais e altamente desejáveis.
Considerações Finais: Persona, Obra e os Paradoxos da Cultura Contemporânea
A primazia da persona artística sobre a obra consolida-se como fenômeno estrutural de nossa época, sustentado por três alicerces interligados: a psicologia das conexões parassociais (Horton e Wohl, 1956), potencializada pelas redes sociais que transformam artistas em entidades afetivamente acessíveis; a economia simbólica do carisma (Weber, 1922), que alquimiza narrativas biográficas em capital cultural; e a mercantilização da autenticidade (Bourdieu, 1993), onde vulnerabilidades humanas são instrumentalizadas como ativos de mercado. Este triângulo teórico revela paradoxos insolúveis: a suposta democratização representada por artistas como MC Carol, que ressignificam trajetórias periféricas como arte política, contrasta com a elite do sistema institucional que converte gestos anticapitalistas – como a autodestruição da obra de Banksy na Sotheby’s – em commodities de luxo, transacionadas por US$ 25,4 milhões. A exposição de fragilidades por figuras como Selena Gomez e Yayoi Kusama gera identificação genuína, mas simultaneamente alimenta uma economia da empatia que monetiza sofrimentos.
Enquanto Shakespeare e Pollock comprovam que obras canônicas transcendem biografias – como atestam os US$ 200 milhões pagos por Number 17A –, a lógica contemporânea, todavia, privilegia mitologias pessoais, exemplificada pelo valor póstumo de Virgil Abloh, mais ancorado em sua aura que em sua produção. Inegavelmente, vivemos numa era de espetacularização da autoria, onde a figura do artista é simultaneamente veículo de emancipação (como no empoderamento narrativo de Beyoncé e BTS), produto da indústria cultural (segundo Adorno e Horkheimer) e resposta à crise de sentido pós-moderna (conforme Reckwitz, 2020).
A ascensão da inteligência artificial (IA), capaz de gerar obras sem "autor humano", funciona como espelho desse conflito: neurociências comprovam que a empatia artística depende da percepção de intencionalidade humana – ativando o córtex pré-frontal medial –, algo inalcançável por algoritmos. Assim, a IA não dissolve o culto à persona; antes, acentua seu valor como último reduto do irreplicável.
O futuro da arte não exigirá escolher entre persona e obra, mas reconhecer sua coexistência como dimensões de um mesmo fenômeno: a busca humana por espelhos que refletem identidades e aspirações. Se Barthes proclamou a morte do autor para libertar a obra, a cultura digital prova que, para o público, a vida do artista permanece o mais poderoso dos textos.
Referências
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